Caminhos de ferro fotos by: Ira
Trecho Curitiba/Morretes |
Tornei-me fã incondicional dos passeios sobre trilhos. São interessantes (as paisagens desfilam na janela), confortáveis, econômicos e pontuais. Lamento o sucateamento das estradas de ferro do meu país e a ausência, há décadas, de políticos com visão e coragem para devolver aos brasileiros os benefícios deste meio de transporte. Restam-nos os preços das companhias aéreas e os perigos das rodovias.
Enquanto isso, aproveito os poucos quilômetros dos caminhos de ferro
mantidos como atração turística: de “Maria Fumaça”, já percorri Tiradentes/São
João del Rey, Ouro Preto/Mariana e Curitiba/Morretes.
Na capital paranaense, comprei o bilhete no dia anterior (próximo à Estação Rodoviária), pois – a depender da época – chegar no horário de partida é sinônimo de enfrentar longas filas sob o sol forte. Tem desconto para maiores de 60 anos e recebi a dica de escolher assento no lado esquerdo que garante melhores cenários no itinerário de ida.
Consegui uma janela do lado esquerdo. E, na hora do que seria a melhor foto, na passagem sobre uma ponte quase suspensa sobre a mata, desceu o maior nevoeiro...
O trem sai diariamente de Curitiba e o trecho até Paranaguá
só é feito aos domingos. A
previsão da viagem até Morretes fica em torno de três horas, mas peguei uma que
levou o dobro, ficamos retidos num ponto aguardando a passagem de extensos
comboios de vagões de carga (o uso é compartilhado com a concessionária da ferrovia).
O trajeto de 110 quilômetros passa por área preservada da Mata Atlântica. Cada vagão conta com um guia que fala sobre a natureza circundante e os mais de 120 anos de história da ferrovia. Os turistas recebem avisos de preparar as câmeras para os clicks: são túneis, represas, cachoeiras, ruínas, pontes e viadutos. O rio Ipiranga serpenteia a serra e mostra-se de quando em quando.
O trajeto de 110 quilômetros passa por área preservada da Mata Atlântica. Cada vagão conta com um guia que fala sobre a natureza circundante e os mais de 120 anos de história da ferrovia. Os turistas recebem avisos de preparar as câmeras para os clicks: são túneis, represas, cachoeiras, ruínas, pontes e viadutos. O rio Ipiranga serpenteia a serra e mostra-se de quando em quando.
Morretes parece uma miniatura de cidade encravada na serra paranaense.
Fundada em 1721, distribui seus casarões e suas casas coloridas por poucas ruas.
Uma praça e um coreto complementam a paisagem quase bucólica. A gastronomia é
seu ponto forte, vários restaurantes servem pratos típicos, entre eles o
“Barreado”, garantia de comida farta e muitos pratos à mesa.
Depois,
a sugestão é um passeio agradável na beira do rio Nhundiaquara, passar sobre
(ou sob) a Ponte Velha, ou conferir as lojinhas de artesanato.
Na
rodoviária local peguei um ônibus e fui até Paranaguá, cidade mais antiga do
Estado. Aproveitei o restinho da tarde para um passeio rápido pelo centro
histórico. O porto local adquiriu importância estratégica para o país e a
cidade, fundada em 1648, ganhou impulso em seu desenvolvimento com a construção
da ferrovia que a liga a Curitiba.
Centro antigo de Paranaguá |
Pelas suas ruas, atrações como mercados,
igrejas, museus, casarões coloniais, palácios e monumentos. Tem ainda, pertinho
dali, a famosa Ilha do Mel.
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Dicas/experiências:
Turismo: SerraVerdeExpress, passeios de trem - (www)
Morretes - (www)
Paranaguá - (www)
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