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Leipzig


Berço e morada de talentos em diversas áreas                       fotos by: Ira
Marktplaz
Fachada do prédio da antiga Bolsa de Valores
     A cerca de 2 horas de viagem de Berlin (em trem ou ônibus), Leipzig, maior cidade da Saxônia, é um dos destinos perfeitos para passeios de um dia, tipo bate-e-volta. Pareceu-me surpreendentemente pequena para a fama que a precedia em textos sobre história e artes, especialmente música e literatura, e que a fizeram grande na minha imaginação.
Estátua em homenagem a Goethe
Estátua em homenagem a Bach
     Não é para menos, grandes talentos lá nasceram ou viveram, como Johann Sebastian Bach, Johann Wolfgang Von Goethe, Richard Wagner, Felix Mendelssohn-Bartholdy, Robert Schumann, Edvard Grieg, Gustav Mahler e Friedrich Nietzsche. 
     A Universidade de Leipzig foi fundada no século XV e é a segunda mais antiga da Alemanha. Entre outros destaques em diversas áreas que lá estudaram, consta o nome da atual chanceler Angela Merkel.
     A cidade foi importante entreposto comercial e rota de comércio nos tempos medievais. É possível conhecer seus principais pontos de referência a pé, começando pela Marktplatz, no Centro Histórico, rodeada por pátios e galerias. Dizem que a cidade é bastante chuvosa e que esse tipo de arquitetura, com passagens cobertas, favorece os comerciantes, que assim podem exercer seu ofício abrigados e continuam a receber seus clientes sob qualquer tempo.
     

     Em uma dessas arcadas, a Mädlerpassage, encontra-se um dos mais famosos restaurantes do mundo, o Auerbach’s Keller (Taberna Auerbach), frequentada por Goethe que, inclusive, ali ambientou alguns episódios de seu drama Fausto






     Logo na entrada, fazem guarda em ambos os lados duas grandes esculturas de Fausto e Mefistófeles e, no interior, as paredes são ornadas com grandes painéis retratando cenas da obra.








Vista posterior da Thomaskirche
     
     Ponto alto de uma visita a Leipzig é a igreja de São Tomás (Thomaskirche), local em que Bach compôs grande parte de sua obra, ensinou, regeu e foi diretor do Coro de Meninos até sua morte, em 1750. O coro se mantém até hoje e é um dos mais famosos do mundo. Ao lado, funciona o Museu Bach.

Parte frontal da Thomaskirch
          Nas proximidades, na igreja luterana Nikolaiskirche (de São Nicolau), Bach compôs grande parte de sua obra enquanto exerceu as funções de diretor de coro e organista por quase 30 anos. O local também foi palco para as pregações reformistas de Martinho Lutero e, recentemente, transformou-se em estopim de acontecimentos importantes da história contemporânea.
Foi ali que, após os cultos de segunda-feira, a partir de outubro de 1989, as pessoas começaram a se reunir e sair pelas ruas em protesto pacífico contra o comunismo, movimento que atingiu outras cidades próximas, até culminar com a queda do Muro de Berlin e a extinção da RDA.
Augustplatz
Por praças, parques e jardins, chega-se à Augustplatz, onde estão os prédios da Ópera e da Sala de Concertos (que abriga a maior orquestra profissional do mundo), que até hoje apresentam espetáculos para fazer jus aos músicos famosos que viveram na cidade.
Ao fundo, Sala de Concertos
Ópera


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Dicas:
Mais sobre Alemanha neste blog:
Taberna Auerbachs Keller (www):