Espetáculo portenho fotos by: Lais Legg
Deixei passar várias oportunidades de visitar Buenos Aires (ex-capital do Vice- Reinado do Rio da Prata) nos anos em
que morei no Rio Grande do Sul, bem pertinho.
Descobri a capital portenha há pouco, quando aceitei um
convite para acompanhar amigos. Minha experiência começou de um jeito ruim:
depois de comprar umas bobagenzinhas no Free
Shop do aeroporto Ezeiza,
descobri – já no quarto do hotel – que estava sem um tostão.
Péssima
atitude para qualquer viajante é guardar todo o dinheiro num mesmo local. Sumiu
sem que eu tivesse a mínima idéia do que aconteceu. Não sei se perdi para a
distração (uma das minhas marcas registradas) ou para os "batedores de carteira" que, em qualquer lugar do mundo, estão de olho nos turistas distraídos. Menos
mal, fiquei com o cartão de crédito, tive apoio financeiro e a solidariedade
dos meus amigos. Superado o contratempo, saímos às ruas.
Foto (não podia faltar) em frente à Casa Rosada |
A cidade é repleta de
atrativos instigantes para todos os gostos, distribuídos entre bairros famosos,
cada qual com características distintas, basta escolher: La Boca, Recoleta,
Puerto Madero, San Telmo....
Dividíamos por quatro as despesas de táxi e assim fomos a
vários restaurantes. É grande a variedade de ambientes e cardápios. Entre estes, destaque para o El Establo, tradicional e simples, tão bom que retornamos para
aproveitar o máximo (carne de primeira, bons vinhos, bons preços). Ficamos num
hotel pertinho das Galerias Pacífico
e da Calle Florida.
Livraria Ateneo |
Estava sem dinheiro para compras, bom motivo para ficar passeando pelas ruas. Minha amiga Lais voluntariamente trocou as lojas por passeios a pé comigo.
As largas
avenidas, a arquitetura neoclássica (mesclada com a influência italiana),
as praças, os restaurantes e monumentos, quase tudo tem ares europeus. O bom é que se pode andar a pé pelos principais pontos turísticos.
El Caminito |
Percorremos e atravessamos
para lá e para cá a Av. 9 de Julio (uma das mais largas do mundo), tomamos um café na Livraria Ateneo.
Na Recoleta, (região aristocrática, chique, agradável e cara) tomamos um sorvete no Café Bar La Biela (recomendação de um amigo), na esquina da Av. Quintana, que lembra muito Paris.
Tango de verdade, nas ruas |
No colorido bairro La Boca, na Rua Caminito, talvez a mais famosa de Buenos Aires, posamos para fotos fingindo dançar um tango.
O bairro fica nas proximidades do antigo porto (daí advém o epíteto "portenho") e é o berço do tango. O colorido provém da pobreza dos imigrantes genoveses do início do século 20, que aproveitavam as sobras de tinta dos barcos para pintar suas casas. Ali está, ainda, o Estádio La Bombonera, sede do Boca Juniors. Por supuesto, reservamos algumas horas para circular pelas lojas.
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No cemitério da Recoleta, encontramos logo na entrada um guia solícito, “seu” Jorge, que nos mostrou os principais monumentos e contou histórias interessantes sobre as ricas famílias que ali enterravam seus mortos.
O local é considerado um museu por abrigar grande número de obras de arte e os restos mortais de personalidades da política, das artes e das ciências.
Túmulo de Evita Perón |
Seu Jorge nos indicou o caminho até ao jazigo da Família Duarte. Nem precisava, é um dos locais mais visitados e já havia um grupo olhando as placas com o nome de Eva Perón. Estava repleto de flores e se vê que estas continuam sendo frequentemente renovadas.
Dicas/experiências:
Turismo: site oficial
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Que passeio bom, hein? E o Jorge, da Recoleta, sempre dizendo "mira, nena". E o jantar no "La fonda del polo"? Muito bom!
ResponderExcluirAh é, esqueci de mencionar o restaurante.
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