Na “cidade
dos papas” Fotos by: Ira
Na rota de Marselha a Paris, passei por Avignon (região de Provence), cidade que foi residência dos papas durante um período.
Conheci a graciosa canção infantil que fala em “dançar sobre a ponte”, como eu haveria de resistir?
Encontrei mais atrativos do que esperava: uma cidade medieval inteira ainda murada, lindas paisagens, castelos, o rio Ródano, as delícias da cozinha provençal (e os vinhos cotes Du Rhône).
A famosa ponte, Saint Benezet, construída no século 12, hoje resta interrompida quase na metade do rio. Leva apenas até o melhor lugar do mundo: à imaginação.
Antes que me acusem de sonhadora, o próprio Luis XIV – sim, o rei Sol – teria dito, postando-se na capelinha que existe num dos pavimentos da ponte: “este é o lugar mais bonito do meu reino”!
Ao chegar, de trem, desci na estação central, pertinho da cidade murada, mas quem disse que conseguia encontrar o endereço do hotel que era para ser “logo ali”? Endereço na mão e munida do meu francês precário, saí arrastando mala e perguntando pela rua até descobrir que havia outra estação, da TGV, era para ter descido nessa. Agora, só precisava entender as orientações (em francês), comprar ticket, encontrar o ponto, pegar um ônibus, descer no lugar certo. C'est ça!
Avignon foi capital do cristianismo na Idade Média, quando sete papas moraram lá entre 1309 e 1377 durante um cisma da Igreja (Grande Cisma do Ocidente). O nome do vinho Châteauneuf Du Pape faz referência à nova residência dos “antipapas” em Avignon.
Por causa deles foram construídas as muralhas que existem ainda hoje e continuam em bom estado de conservação.
Caminhar pelas ruas estreitas de pedra contornando aqueles muros parecia levar-me direto à Idade Média.
O conjunto arquitetônico da cidade antiga intra-muros, incluindo o Palácio dos Papas e a ponte, é classificado pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade. O Palais des Papes é um grandioso edifício gótico de grossos muros e altas torres, atualmente transformado em museu.
Recebe turistas do mundo inteiro e transforma-se num imenso palco no mês de julho, quando se realiza o festival anual de teatro contemporâneo (que perdi, pois parti dois dias antes do início).
O palácio ocupa cerca de 15.000m², mas, não espere encontrar mobiliário, quadros, decoração. Os visitantes se deparam apenas com mais de 20 salões vazios, incluindo os aposentos privados do papa, onde é preciso usar a imaginação para melhor entender o que se vê. Um dos locais seria a cozinha onde eram preparadas milhares de refeições; em outro salão ficavam abrigadas as tropas; na parte interna há também dois grandes pátios.
Subindo-se as escadarias para a catedral (encimada por uma estátua dourada da Virgem) pode-se desfrutar uma bela vista do rio Ródano, dos campos, vinhedos e castelos ao longe.
Sobretudo, guarda-se belas imagens da ponte sobre o rio Ródano, famosa pela canção infantil francesa e também por apresentar-se parcialmente destruída, com apenas quatro dos 22 arcos iniciais.
Construída em madeira, no século 12, depois em pedra, a Saint Benezet chegou a ser reconstruída diversas vezes, resistindo bravamente a guerras e inundações. Até que, após uma forte enchente, no século 17, deixaram-na como está.
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Canção: Sur Le pont d’Avignon
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Na rota de Marselha a Paris, passei por Avignon (região de Provence), cidade que foi residência dos papas durante um período.
Conheci a graciosa canção infantil que fala em “dançar sobre a ponte”, como eu haveria de resistir?
Encontrei mais atrativos do que esperava: uma cidade medieval inteira ainda murada, lindas paisagens, castelos, o rio Ródano, as delícias da cozinha provençal (e os vinhos cotes Du Rhône).
Pont Saint Benezet |
A famosa ponte, Saint Benezet, construída no século 12, hoje resta interrompida quase na metade do rio. Leva apenas até o melhor lugar do mundo: à imaginação.
Antes que me acusem de sonhadora, o próprio Luis XIV – sim, o rei Sol – teria dito, postando-se na capelinha que existe num dos pavimentos da ponte: “este é o lugar mais bonito do meu reino”!
Ao chegar, de trem, desci na estação central, pertinho da cidade murada, mas quem disse que conseguia encontrar o endereço do hotel que era para ser “logo ali”? Endereço na mão e munida do meu francês precário, saí arrastando mala e perguntando pela rua até descobrir que havia outra estação, da TGV, era para ter descido nessa. Agora, só precisava entender as orientações (em francês), comprar ticket, encontrar o ponto, pegar um ônibus, descer no lugar certo. C'est ça!
Castelo dos Papas em Avignon |
Avignon foi capital do cristianismo na Idade Média, quando sete papas moraram lá entre 1309 e 1377 durante um cisma da Igreja (Grande Cisma do Ocidente). O nome do vinho Châteauneuf Du Pape faz referência à nova residência dos “antipapas” em Avignon.
Por causa deles foram construídas as muralhas que existem ainda hoje e continuam em bom estado de conservação.
Caminhar pelas ruas estreitas de pedra contornando aqueles muros parecia levar-me direto à Idade Média.
O conjunto arquitetônico da cidade antiga intra-muros, incluindo o Palácio dos Papas e a ponte, é classificado pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade. O Palais des Papes é um grandioso edifício gótico de grossos muros e altas torres, atualmente transformado em museu.
Recebe turistas do mundo inteiro e transforma-se num imenso palco no mês de julho, quando se realiza o festival anual de teatro contemporâneo (que perdi, pois parti dois dias antes do início).
O palácio ocupa cerca de 15.000m², mas, não espere encontrar mobiliário, quadros, decoração. Os visitantes se deparam apenas com mais de 20 salões vazios, incluindo os aposentos privados do papa, onde é preciso usar a imaginação para melhor entender o que se vê. Um dos locais seria a cozinha onde eram preparadas milhares de refeições; em outro salão ficavam abrigadas as tropas; na parte interna há também dois grandes pátios.
Catedral de Avignon |
Subindo-se as escadarias para a catedral (encimada por uma estátua dourada da Virgem) pode-se desfrutar uma bela vista do rio Ródano, dos campos, vinhedos e castelos ao longe.
Sobretudo, guarda-se belas imagens da ponte sobre o rio Ródano, famosa pela canção infantil francesa e também por apresentar-se parcialmente destruída, com apenas quatro dos 22 arcos iniciais.
Construída em madeira, no século 12, depois em pedra, a Saint Benezet chegou a ser reconstruída diversas vezes, resistindo bravamente a guerras e inundações. Até que, após uma forte enchente, no século 17, deixaram-na como está.
Canção: Sur Le pont d’Avignon
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