Porto Alegre, a pé pela Capital

Caminhada pelo Centro Histórico                                                                       fotos by: Ira

Rua Fernando Machado em 2012

(Centro Cultural Usina do Gasômetro)

Vista da Rua do Arvoredo em 1910

          

        

          A antiga “Rua do Arvoredo” (atual Fernando Machado) faz jus ao nome e atravessa o Centro Histórico de Porto Alegre que vem recebendo atenção nos últimos anos como parte de um projeto de revitalização. 

          Caminhar pela ruazinha proporciona momentos de curiosidade e surpresa diante de casas centenárias, preservadas ou reformadas. Algumas moradias inspiradoras desenham mosaicos que se destacam por entre o verde das copas das árvores e o azul do céu.

A escadaria de acesso à Rua General João Manoel foi construída em 1929

Rua Fernando Machado

Proximidades da antiga Praça Alto da Bronze (atual Praça General Osório)

A estatística predial de 1892 da Cia. Hidráulica Porto-Alegrense registrava a existência de 234 casas na Rua do Arvoredo. O calçamento chegou em 1906.

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Seguimos caminhando, minha amiga Lais e eu, em direção ao Centro Cultural Usina do Gasômetro especialmente para ver a exposição Viva Elis que consta da programação neste período. Fotos, vídeos, entrevistas, documentos e depoimentos de artistas formam uma verdadeira retrospectiva da vida da cantora jamais esquecida pelos fãs que tiveram o privilégio de ouvi-la cantar. Pode-se também admirar réplicas de figurinos de roupas por ela usadas em shows.

O perfil alongado da chaminé da usina (117 m) ao lado do Guaíba é um dos mais divulgados cartões postais da capital gaúcha e pode ser avistado de longe, servindo como ponto de referência.

A chaminé foi construída em 1937, em razão dos protestos da população por causa da fuligem do carvão da usina. A área era chamada de "zona vesuviana".

Estátua de Elis Regina, Usina do Gasômetro, Porto Alegre

No lado externo do prédio do Centro de Cultura foi instalada uma estátua em bronze da cantora Elis Regina, em tamanho natural.
Ela é mostrada cantando ao microfone sobre uma plataforma que imita os sulcos de um disco de vinil.

Nas proximidades da Usina há um palco para apresentações e pode-se circular por entre as barraquinhas de uma feira de artesanato e os quiosques de lanche.

Nas margens do Guaíba, funciona um dos pontos de partida para passeios turísticos de barco.

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Breve histórico da usina

 Em 11 de novembro de 1928 era inaugurada em Porto Alegre a  usina térmica  do Gasômetro, uma das primeiras edificações em concreto armado do Estado. Foi construída na chamada Praia do Arsenal e projetada para gerar energia elétrica à base de carvão mineral, extraído das minas de Arroio dos Ratos, na zona carbonífera então pertencente a São Jerônimo.

Seu nome foi “adotado” de uma usina de gás que existia ali desde 1874 na antiga Rua Pantaleão Telles (atual Washington Luiz). Toda a área no entorno era popularmente denominada “Volta do Gasômetro”.

A usina marcou o começo da industrialização da capital gaúcha. Porto Alegre passou a receber energia elétrica para iluminação, substituiu os bondes puxados por burros pelos bondes elétricos e obteve gás encanado. A usina foi desativada em 1974 e tombada pelo Patrimônio Histórico Cultural em 1983.

Em 1988 começou a ser restaurada, tornando-se um espaço de cultura e lazer. Desde 1991, seus 18 mil m² de área foram abertos à população transformados em espaços para auditórios e exposições, salas de cinema e galerias, entre outros. No andar térreo funciona uma unidade do Centro de Informações Turísticas.

A orla do Guaíba, que se estende da Usina do Gasômetro ao calçadão de Ipanema, na zona Sul, oferece espetáculos diários à parte, nas versões ensolarado, nublado, chuvoso ou com vento. Os pores-de-sol são "translumbrantes"
(como define minha amiga Lais).

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