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Porto Alegre (tour no Palácio Piratini)

Atrações de um Porto (muito) Alegre                                                                fotos by: Ira
           
          A fachada em estilo neoclássico do Palácio Piratini compõe, ao lado da Catedral, um quadro de rara beleza na galeria ao ar livre que é a Praça da Matriz, em Porto Alegre. 

                  Especialmente quando o recorte das duas silhuetas contrasta com o fundo azul de um céu de outono.  
          O palácio fica no epicentro do bairro histórico da capital gaúcha e é aberto à visitação pública com guias multilíngües (confirmar horários no site)O Projeto da Prefeitura Viva o Centro a Pé também faz passeios guiados (site). 
        
O Rio Grande do Sul em 1852 -
“Igreja Matriz e Palácio, em Porto Alegre, com procissão” –
          Aquarela de Herrmann Rudolf Wendroth
               A primeira pedra fundamental do atual palácio foi lançada em 1896, em substituição ao antigo Palácio de Barro, que existia no local desde 1773. As obras foram suspensas e abriu-se um concurso internacional para escolher novas plantas que, no entanto, não foram aproveitadas. Em 1909 foi lançada a segunda pedra fundamental dando prosseguimento às obras. O Palácio foi ocupado apenas em 1921, mas a inauguração oficial foi realizada mesmo só na década de 1970.
                     O nome “Piratini” faz homenagem à 1ª. capital da República Rio-Grandense, de curta duração (1936-1945), durante o episódio da Revolução Farroupilha. A praça que o envolve leva o nome oficial de Praça Marechal Deodoro (1º. Presidente da República) e ali funciona o coração político da cidade. No seu entorno, além da catedral, estão os Três Poderes sediados nos palácios: Piratini (Executivo), Farroupilha (Legislativo) e da Justiça.
Palácio Piratini - Fachada Principal
               Na fachada principal do Palácio, logo na entrada, ladeando uma das portas, chamam a atenção duas esculturas que representam a Agricultura e a Indústria, obra do artista Paul Landowski (o mesmo que fez os braços e rosto do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro).      
                 No saguão principal destaca-se a suntuosa escadaria de mármore francês coberta por um longo tapete vermelho por onde passam convidados e visitantes no acesso ao gabinete do governador.
Palácio Piratini - Interior
Escadaria de Mármore e Tapete Vermelho
            foto by:(site)
             
            O automóvel Ford T (chamado “Ford Bigode”), carro oficial do governo gaúcho na década de 1920 é um dos itens que permanece em exposição permanente no palácio. Ele foi o primeiro carro produzido em série (cerca de 15 milhões de veículos fabricados de 1908 a 1927). Era acionado à manivela e, atualmente, restaurado, virou atração. Já outro automóvel antigo, o Studs, fabricado em 1928, continua sendo usado pelo governador nos desfiles de 20 de setembro.
            


   Salão Negrinho do Pastoreio
          


                  Ainda na parte térrea do palácio, vale admirar o salão Negrinho do Pastoreio (Salão de Honra). Seus lustres são réplicas dos existentes no palácio de Versalhes e suas paredes são cobertas pelos impressionantes murais do pintor italiano Aldo Locatelli que recontam episódios da História e das lendas do Rio Grande do Sul. Em 18 grandes painéis, o artista descreve a popular lenda do Negrinho do Pastoreio. As obras foram executadas entre 1951-1955 e restauradas entre 1988 e 1989. 

Salão Negrinho do Pastoreio
     Contratado para produzir os murais do Palácio, Locatelli escolheu Porto Alegre para viver. Suas obras estão também na antessala do governador (ex-Salão de Senhoras) e no salão Alberto Pasqualini (salão de Atos e Audiências).
Aldo Locatelli - "A Formação Histórica
– Etnográfica do Povo Rio-Grandense"

                    Na sala de Audiências, encontra-se a obra “A Formação Histórica – Etnográfica do Povo Rio-Grandense” com 25. Estão ali representados o índio, o bandeirante, as Missões, as fazendas, o gaúcho e o progresso em figuras que sugerem, no centro do painel, o contorno do mapa do Rio Grande do Sul.
            



              Ao atravessar o pátio interno que delimita a parte administrativa do edifício público e as alas residenciais, encontra-se outra escultura de Paul Landowski, “A Primavera”. Aqui, são várias figuras que formam um grupo que embeleza a fachada posterior do palácio.
Palácio Piratini
(detalhes da fachada interna posterior)


          Subindo ao terraço, do alto pode-se desfrutar a linda paisagem com vista de fundo infinito para o rio Guaíba. Admirar os jardins que se espalham logo abaixo também tem seus encantos. Pode-se admirar ainda bem de perto o perfil majestoso da catedral e sua cúpula.  





Os jardins internos, no lado sul, exalam o ar tranqüilo de fazenda interiorana com elementos que remetem a temas gauchescos. Carramanchões, um poço, rodas de carreta e bancos sob a sombra de muitas árvores frondosas típicas da região.
          















            
           Entre as atrações, próximo ao Galpão Crioulo está a escultura de Vasco Prado, que retrata, em bronze, o sofrimento do personagem da lenda, Negrinho do Pastoreio, agonizando sobre um formigueiro.     
          
          Há também a bela Fonte Egípcia que, acredita-se tenha vindo da França em 1913.
            
          Ao longo dos anos o prédio precisou de várias obras de reforma e adaptação. Entre elas, o alargamento das escadas externas para os jardins.
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