Parte I -
Centro Histórico - Ruas de nomes inspiradores
Centro Histórico - Ruas de nomes inspiradores
Place Agora, centro de Bruxelas - Estátua de Charles Buls - |
Grote Markt, Bruxelas |
A
primeira coisa que me encantou quando decidi ir a Bruxelas foi olhar um mapa e
ler os nomes das ruas (quase todos escritos em francês e flamengo, as duas
línguas faladas na Bélgica): Mercado dos Chapeleiros (uma simpatia, lembrei da Alice no País das Maravilhas), Rua do
Amigo, tem ainda Mercado dos Queijos, das Plantas, dos Frangos, Rua do Forno, do Carvão, da Manteiga... por aí vai. Sem falar que é a terra do chocolate e das cervejas.
Enfim, quando circulei por aquelas ruazinhas estreitas me senti atravessando a
antessala do paraíso (porque o paraíso mesmo, esse fica em Amsterdam).
fotos by: Ira
Minha
primeira impressão de Bruxelas é noturna. Cheguei à estação central no final da
tardinha e, tão logo me instalei, corri para as ruas.
Enquanto procurava o Manneken Pis, conhecido personagem da
cidade, deixei-me levar pelos cheiros (waffles,
batatas fritas, chocolates), sabores (waffles,
batatas fritas...) e pela gula (waffles
...). Devo ter parado em cada uma das centenas de lojas de souvenirs (ah, é também a terra das rendas belgas) e de chocolateries (os doces parecem jóias).
Afinal, vi numa esquina um amontoado de turistas de câmeras em punho, fui conferir, era mesmo a estátua do famoso Manneken Pis (menininho gorducho fazendo xixi), que é muito menor do que eu o imaginava.
Manneken Pis |
A
pequena figura em bronze (60 cm) fica sobre um nicho gradeado o que dificulta
fazer boas fotos pela distância e pouca iluminação. Em datas festivas, o
garoto veste trajes especiais (seu guarda-roupa tem mais de 700 peças), mas
naquela noite ele estava pelado mesmo (e fazia bastante frio).
O centro
histórico é fácil de ser percorrido a pé e fiz isso bastante enquanto lá estive. O
endereço central é o imenso quadrilátero da Grote
Markt (Grande Praça do Mercado), rodeada de prédios históricos (séculos 15
e 16), restaurantes e cafés e que, à noite, ganha uma iluminação especial que
deixa o cenário envolto num estonteante jogo de luzes, sombras e formas.
Durante o dia, tem mercado de flores e, em datas especiais, todo o chão se
transforma num imenso tapete colorido de pétalas.
Bem próximo da Grand Place fica a Place Agora, um espaço comercial no formato de rotatória, rodeado de hotéis e restaurantes e chamado simplesmente Agora. Dali se tem acesso às Galeries Saint Hubert.
A estátua de Charles Buls sentado junto ao seu cão é uma homenagem ao político,
intelectual e um dos colaboradores da restauração da Grand Place em 1899.
Em tempos antigos eram realizados mercados ao ar livre na Grand Place (daí a origem dos atraentes nomes das ruas). Pouco a pouco a arquitetura da praça foi sendo enriquecida pelas sedes das guildas (corporações de ofícios), numa mistura eclética de estilos: dos cervejeiros (no. 10), dos barqueiros (no. 6), e outras. No início de 1400 começou a construção da Câmara Municipal, concluída cerca de 50 anos depois. Este é considerado o mais belo edifício cívico da Bélgica.
A maior
parte das casas originais, construídas em madeira, foi destruída num bombardeio
pelas tropas francesas. Tudo foi reconstruído pelos comerciantes, dando lugar
ao conjunto atual de estilo predominante da Renascença Flamenga. Vários prédios
foram reconstruídos no século 19, quando o mercado recebeu restauração.
Na Grande
praça estão situados também a Prefeitura (para mim o mais belo prédio). Do alto
de sua torre, uma estátua dourada do patrono, arcanjo São Miguel, olha a cidade. Há
outros marcos importantes como a Maison
Du Roi (antes Casa do Pão), em estilo neo-gótico, além do indescritível
Museu do Chocolate.
Bruxelas, Grote Markt, detalhe do prédio da Prefeitura |
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