Ilhas, vulcões, praias, pores-de-sol fotos by: Ira
Isadora saíu entre os primeiros |
Uma das imagens mais marcantes que
guardo é a nossa chegada no Velho Porto de Fira (ou Thira), capital de Santorini, no arquipélago das ilhas gregas
chamadas Cíclades.
A trilha em (degraus sinuosos apontava para as casas no alto de uma rocha íngreme, mas como chegar lá? Na praia, alguns burricos parados, vi turistas indo naquela direção, pensei: “nãããã-ooo, não vou montar nesse bicho!”.
Então, olhei para a estradinha quilométrica que levava ao topo, o barco se afastando, minha filha já perguntando o preço...
Um grego me ergueu e num só movimento me jogou no lombo da mula que saíu em disparada morro acima.
A trilha em (degraus sinuosos apontava para as casas no alto de uma rocha íngreme, mas como chegar lá? Na praia, alguns burricos parados, vi turistas indo naquela direção, pensei: “nãããã-ooo, não vou montar nesse bicho!”.
Então, olhei para a estradinha quilométrica que levava ao topo, o barco se afastando, minha filha já perguntando o preço...
Um grego me ergueu e num só movimento me jogou no lombo da mula que saíu em disparada morro acima.
Fui gritando “eu quero descer, me
tirem daqui”, mas a mula (que, de resto, não entendia português), seguiu
troteando, obediente e treinada a só parar quando chegasse ao topo (580 degraus).
Contrariada,
ela seguia muito rente ao muro baixo onde fazia questão de esfregar e arranhar minhas
pernas. Quando juntei coragem, arrisquei abrir os olhos e fiquei tonta com a
beleza do trajeto ao olhar o azul do mar Egeu lá em baixo, como num precipício.
Na frente, enxergava minha filha também num lombo de burro naquele cenário
inesperado.
Pegamos um ônibus para Perissa, no
lado sudeste da ilha, onde ficava nosso albergue. Mas descemos sem querer
alguns pontos antes, as pessoas a quem perguntávamos não entendiam inglês,
pareceu termos caminhado léguas meio perdidas.
A experiência fez jus ao lugar em
termos de beleza. Uma casinha branca (caiada) com portão e janelas azuis só
para nós duas, com todo o conforto mais café da manhã, a poucos metros da famosa
praia.
Estávamos num albergue gerenciado pela família, com preços bem camaradas. A Grécia nos fez sentir (como em nenhum outro lugar) que, além da cultura, do lazer e das belezas naturais, um país pode deixar os turistas felizes embora apresente a conta em Euros.
As areias negras de Perissa revelam a origem vulcânica |
Passeio de barco a Néa Kameni |
Os proprietários (Sr. Fotis e Sra. Joanna) se
esmeraram em gentilezas. Além de informações e dicas preciosas, providenciaram
reservas de passeios a Thiresia e às ilhas de Palaia Kameni e Nea Kameni, onde participamos de uma caminhada
até à cratera de um vulcão.
Ponto alto da nossa estada, conseguiram transporte
para o lado oposto da ilha, para a atração principal: entardecer em Oía, o cartão postal mais conhecido da
Grécia, com direito a admirar o seu cantado (e até aplaudido) pôr-do-sol.
Aproveitamos para conhecer a bela Oía
e sua arquitetura tradicional, casas brancas, cúpulas azuis das igrejas.
Caminhamos pelas ruas estreitas, espiamos as piscinas e os terraços pelos
portões baixos, entramos nos cafés, lojas e livrarias. Cada recanto parecia
ideal para fazer fotos iguais aos postais que vimos tantas vezes.
Ruínas do antigo castelo (no alto), melhor ponto de observação para o anoitecer em Oía |
No finalzinho da tarde, dirigimo-nos
ao melhor local para ver o pôr-do-sol, que fica nas ruínas de um antigo
castelo.
É ali que se reúnem centenas de turistas a cada entardecer, para celebrar
o espetáculo da natureza encenado durante alguns segundos naquele lugar
paradisíaco.
A espera conjunta é já uma festa, um
encontro alegre de espectadores falando várias línguas. Alguns montam tripés,
ajustam as câmeras, ensaiam as fotos. Todos sorriem.
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Dicas/experiências:
Turismo: (www)
Hotel:
Villas Philothera – Perissa –
Santorini. (www)
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