Volta Pela Europa em 126 dias - Parte VIII (Final)
Nice me conquistou no primeiro olhar. Eu só havia conseguido reservar alojamento por um dia, mas depois de procurar bastante consegui ficar por mais quatro.
A cidade está na lista das que – se puder – ainda volto. Dali, visitei as vizinhas Cannes, mais Mônaco-Monte Carlo.
Consegui fazer um passeio de barco à ilha de If, onde tem o famoso castelo no qual Alexandre Dumas situou a prisão do personagem de O Conde de Monte Cristo (Edmond Dantès).
Para completar, Larissa sugeriu e providenciou os vouchers para nossos passeios em St. Petersburgo, facilitando tudo.
É que, na Rússia, falar inglês não ajuda muito, o turismo é predominantemente interno e as informações são geralmente dadas em russo ou, se escritas, em alfabeto cirílico.
No caminho de volta à casa fotos by: Ira
Para finalizar o relato daquela
viagem de 126 dias pela Europa, faltava comentar sobre as passagens pela França e pela
Rússia. O que faço aqui de forma bem sucinta, não conseguiria mesmo fazer justiça a
tantas coisas que tive a oportunidade de ver. Além disso, está fechando um ano
que “virei abóbora” e retornei ao meu cotidiano real. Hora de alimentar novos
projetos.
Ischia (Vista a partir do alto do Castelo Aragonês) |
Saindo da Calábria segui para Nápolis (na região da Campanha) rumo à ilha de Ischia (vizinha da
famosa Capri).
Cinque Terre |
Antes de deixar a Itália, passei de novo por Gênova, na Ligúria, e fui
conhecer o Parque Nacional Cinque Terre. Em breve pretendo postar textos sobre
essas maravilhas, cada uma parecendo superar a precedente.
Cinque Terre |
Consegui, em meu
roteiro (randômico), cobrir 10 das 20 regiões em que é subdividida a Itália, antes de
entrar na França por Nice (ao acaso, depois de perder um barco que
me levaria à Córsega), no caminho para Marselha.
Nice |
Nice me conquistou no primeiro olhar. Eu só havia conseguido reservar alojamento por um dia, mas depois de procurar bastante consegui ficar por mais quatro.
A cidade está na lista das que – se puder – ainda volto. Dali, visitei as vizinhas Cannes, mais Mônaco-Monte Carlo.
Marselha (Velho Porto) |
Queria muito conhecer Marselha, na
região da Provence, sem ao menos
fazer idéia do que encontraria. Mas, meu instinto às vezes sabe mais que eu.
Fiquei, literalmente, apaixonada pela cidade e seu Velho Porto (descrito em
romances lidos na adolescência).
Ilha de If (e castelo) |
Consegui fazer um passeio de barco à ilha de If, onde tem o famoso castelo no qual Alexandre Dumas situou a prisão do personagem de O Conde de Monte Cristo (Edmond Dantès).
Paris, caminhadas ao longo do rio Sena |
Parti para Avignon e de lá para Paris, onde, mais uma vez, me fiz hóspede da
amizade: Vera e Pedro, em férias, emprestaram de novo o apartamento. Ficamos,
por 18 dias, só Paris e eu.
Aproveitei para descansar e fazer nova imersão nas belezas locais. Dediquei-me a palmilhar ruas e quarteirões até quase a
exaustão. Retornava à tardinha, cansada e feliz, passava na boulangerie e comprava uma baguette.
Fiz passeios de barco pelo Sena sem me preocupar com itinerários, descobri os walk tours, passeios gratuitos com guias
nativos (inveja de mim mesma).
De trem, fiz bate-e-volta de um dia a Rouen e a Versalhes. Conforme previsto
no roteiro inicial, retornei a Londres para, junto com minha filha, seguirmos
para a Rússia, ponto final da minha viagem de sonhos.
No barco, entre Calais e Dover |
Desta vez, optei pela travessia Calais-Dover de barco. Sempre
quis fazer esse trajeto, inspirada em Os
Três Mosqueteiros. É mais difícil do que simplesmente pegar um trem-bala e
atravessar o Canal da Mancha pelo Eurotúnel. Mas, acho que foi mais interessante.
A começar pelo mar agitado, o navio joga o tempo inteiro como em nenhuma das
minhas experiências anteriores.
Quando nos aproximamos da costa inglesa, é
aquele deslumbre: vejo The White Clifs of
Dover! O dia nublado, as gaivotas, um castelo envolto em brumas no alto do
promontório caiado. Era tudo o que eu esperava ver.
Fotos by: Isadora Pamplona
Fotos by: Isadora Pamplona
Moscou |
A Rússia deu o toque final nesta
viagem de sonhos, foi “a cereja” do bolo.
Nossa estada em Moscou foi
especialmente enriquecida pela doçura ímpar de uma família russa que nos fez
sentir “em casa”: Larissa foi incansável no papel de anjo-cicerone, envolvendo
na tarefa seu marido Mikhail, o filho
Ilya e a noiva dele.
Assim, pudemos
conhecer muito mais da capital russa do que imaginávamos.
St. Petersburgo |
Para completar, Larissa sugeriu e providenciou os vouchers para nossos passeios em St. Petersburgo, facilitando tudo.
É que, na Rússia, falar inglês não ajuda muito, o turismo é predominantemente interno e as informações são geralmente dadas em russo ou, se escritas, em alfabeto cirílico.
Peterhof |
Certamente não
identificaríamos sozinhas tão belos passeios como os que fizemos a Peterhof e Pushkin.
Pushkin, uma das salas do Palácio de Catarina, a Grande |
Retornei para casa um tantinho cansada, mas com um grande sonho realizado.
Bom estímulo para prosseguir gestando muitos outros. De volta à rotina.
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Disse (antes e bem) o poeta-mor, Fernando Pessoa: "Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".
Bom estímulo para prosseguir gestando muitos outros. De volta à rotina.
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Disse (antes e bem) o poeta-mor, Fernando Pessoa: "Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".
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Adorei ter viajado contido através do teu olhar e de tuas palavras. Bjs
ResponderExcluirJanete: e eu adorei ter uma leitora tão especial (que faz parte da minha vida) quanto tu. Escrevendo, eu mesma faço uma releitura dos lugares aonde estive e isso é muito bom. Beijocas. Ira
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