Moscou - Experiências gastronômicas
Já estava valendo, pois tinha um “samovar” a um canto, parte da decoração do lugar e eu o estava vendo na Rússia.
O pouco que eu sabia a respeito do país vinha de leituras da adolescência (Dostoievski, Tolstoi) e eu sentia grande afeição pelo povo russo de quem eu tinha uma imagem anterior à revolução, na época dos Tzares.
E “samovar” (utensílio culinário para servir o chá) era uma peça que nunca faltava, às vezes era a única posse na cabana de um pobre mujique (camponês).
Tive a felicidade de conhecer casualmente uma russa durante minha viagem, Larissa, que desempenhou o papel de cicerone, levando-nos a lugares e recantos de Moscou que jamais conheceríamos sem a preciosa ajuda dela, incluindo experiências gastronômicas. Começamos pelo topo: levou-nos a fazer um lanche no Gum.
fotos by:moscou.info
Sim, naquele prédio lindo e imenso, em um dos lados da Praça Vermelha,
... cheio de corredores e galerias, antiga loja de departamentos que, com a queda do regime soviético, tornou-se um famoso Shopping Center.
(fotos by: Ira)
Ah, não vou saber repetir nomes, mas lembro desse. Fiz um mix, os quadradinhos eram uma espécie de “geléia” de carne cozida (deve ser algo do gênero mocotó).
Meu paladar não aprovou essa parte. Mas, o tempero dos demais pratos agradou (dentes inteiros de alho) e retornei outras vezes à mesa central do buffet para repor novidades.
Larissa nos brindou com um convite pra lá de especial: levou-nos acompanhada de sua família (marido, filho e nora) para jantar em um restaurante típico uzbeque, o Shabada (traduzido seria algo como "brisa"). Ela contou ter passado parte de sua infância no Uzbequistão e que o astronauta Yuri Gagarin era amigo de seu pai.
Ao contrário daqui, quando a gente entra em ambiente fechado e tira a roupa mais pesada, no Shabada há um cabide com longos casacos de pele, parecendo aqueles dos cossacos, para que os clientes vistam. Isso dá uma idéia do que seja o rigor do inverno russo.
Entre outros acepipes que provamos, comi carne de cavalo (o prato estava no centro da mesa com outras iguarias que eles solicitaram para que experimentássemos e eu não faria a indelicadeza de recusar. Nunca havia pensado antes em cavalos como comida). Faz parte da curiosidade estar preparada para o que der e vier.
foto by: Café Esenin
Aprendi
(com a insistência da minha filha) que faz parte da experiência interessante que
é conhecer outros lugares e outras gentes sentir um pouco dos sabores locais, muitas
vezes indecifráveis e, logo, indescritíveis. Em nosso primeiro dia em Moscou,
saímos à procura de um lugar para tomar café. Nosso otimismo durou só até
entrarmos no primeiro lugar que conseguimos ler: кофе, isto é “Café”, segundo o nosso cursinho rápido de alfabeto
cirílico pelo Google. Para escolher
no cardápio, foi preciso recorrer à linguagem universal da mímica.
foto by: Isadora Pamplona
foto by: Isadora Pamplona
Já estava valendo, pois tinha um “samovar” a um canto, parte da decoração do lugar e eu o estava vendo na Rússia.
O pouco que eu sabia a respeito do país vinha de leituras da adolescência (Dostoievski, Tolstoi) e eu sentia grande afeição pelo povo russo de quem eu tinha uma imagem anterior à revolução, na época dos Tzares.
E “samovar” (utensílio culinário para servir o chá) era uma peça que nunca faltava, às vezes era a única posse na cabana de um pobre mujique (camponês).
Tive a felicidade de conhecer casualmente uma russa durante minha viagem, Larissa, que desempenhou o papel de cicerone, levando-nos a lugares e recantos de Moscou que jamais conheceríamos sem a preciosa ajuda dela, incluindo experiências gastronômicas. Começamos pelo topo: levou-nos a fazer um lanche no Gum.
fotos by:moscou.info
Sim, naquele prédio lindo e imenso, em um dos lados da Praça Vermelha,
... cheio de corredores e galerias, antiga loja de departamentos que, com a queda do regime soviético, tornou-se um famoso Shopping Center.
Larissa queria que provássemos uns crepes especiais.
Para o almoço (e para satisfazer nossa curiosidade), Larissa nos levou a um dos restaurantes da rede Elki-Palki (mais ou menos a pronúncia portuguesa), uma rede de fast-food russo.
Já comecei gostando da decoração, bem diferente de um Mac Donalds, e do buffet , pois consegui provar vários tipos de comida, sempre seguindo as indicações da nossa cicerone.
Área interna - Restaurante da Rede Elki-Palki, Moscou |
Para o almoço (e para satisfazer nossa curiosidade), Larissa nos levou a um dos restaurantes da rede Elki-Palki (mais ou menos a pronúncia portuguesa), uma rede de fast-food russo.
Já comecei gostando da decoração, bem diferente de um Mac Donalds, e do buffet , pois consegui provar vários tipos de comida, sempre seguindo as indicações da nossa cicerone.
(fotos by: Ira)
Ah, não vou saber repetir nomes, mas lembro desse. Fiz um mix, os quadradinhos eram uma espécie de “geléia” de carne cozida (deve ser algo do gênero mocotó).
Meu paladar não aprovou essa parte. Mas, o tempero dos demais pratos agradou (dentes inteiros de alho) e retornei outras vezes à mesa central do buffet para repor novidades.
Larissa nos brindou com um convite pra lá de especial: levou-nos acompanhada de sua família (marido, filho e nora) para jantar em um restaurante típico uzbeque, o Shabada (traduzido seria algo como "brisa"). Ela contou ter passado parte de sua infância no Uzbequistão e que o astronauta Yuri Gagarin era amigo de seu pai.
Restaurante Shabada (típico uzbeque), em Moscou. A partir da direita: Larissa, seu filho Ilya e a namorada, eu, minha filha Isadora, e Mikhail, marido de Larissa |
Entre outros acepipes que provamos, comi carne de cavalo (o prato estava no centro da mesa com outras iguarias que eles solicitaram para que experimentássemos e eu não faria a indelicadeza de recusar. Nunca havia pensado antes em cavalos como comida). Faz parte da curiosidade estar preparada para o que der e vier.
foto by: Café Esenin
Incansável
na delicadeza peculiar russa e na missão de tornar nossos dias em Moscou
inesquecíveis, Larissa nos levou também para almoçar no Esenin Café, reservando-nos mesa na sala que homenageia o poeta
russo – Sergei Esenin - com quem foi casada a bailarina norte-americana Isadora
Duncan (a quem homenageei dando o nome da minha filha).
Num
clima do início dos anos 1920, a sala é decorada com fotos do casal. O menu é
um desfile dos clássicos russos, de onde Larissa foi escolhendo e fazendo
vários pedidos à garçonete para que tivéssemos a chance de conhecer a maior
variedade possível.
Entre outras especialidades típicas, conheci o “blini” (espécie de crepe), com dúzias de opções de recheios doces ou salgados, e o “pelmeni” (espécie de pastelzinho recheado cozido). Adorei a sopa borsch (à base de beterraba, mas com vários ingredientes), para ser tomada bem quente no inverno (ou mesmo fria, no verão) à qual se acrescenta um saboroso creme (algo entre nata e creme de leite).
(fotos by: Ira)
Entre outras especialidades típicas, conheci o “blini” (espécie de crepe), com dúzias de opções de recheios doces ou salgados, e o “pelmeni” (espécie de pastelzinho recheado cozido). Adorei a sopa borsch (à base de beterraba, mas com vários ingredientes), para ser tomada bem quente no inverno (ou mesmo fria, no verão) à qual se acrescenta um saboroso creme (algo entre nata e creme de leite).
(fotos by: Ira)
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