Tudo o que reluz pode ser ouro fotos by: Isadora Pamplona
Peterhof,
nos arredores de St. Petersburgo, é o equivalente russo à ostentação de
Versalhes, nos arredores de Paris. Embora eu ache que aquele quase exagero de
dourados, veludos e espelhos do palácio francês aqui ganhou liberdade e mal se
equilibra entre o bom gosto e a extravagância. Para mim, perfeito. O máximo, no caso é “o
máximo” e eu adoro isso.
O czar russo Pedro, o Grande, visitou Versalhes em 1717 e ficou
hospedado no Grand Trianon.
Aproveitou a estada para observar os detalhes dos palácios e jardins que
serviriam de inspiração para incluir em seu plano antigo de construir Peterhof. O Grande Palácio, que seria sua residência de verão, atendia ao ideal da
época de simbolizar o poder autocrático.
foto by:Ira Capela Este, uma das duas que ladeiam o prédio principal |
Seus sucessores, a partir da filha
Isabel, encarregaram-se de ampliações e novas obras que resultaram no magnífico
conjunto de palácios, jardins, parques e fontes numa área de mil hectares nas
proximidades do Golfo da Finlândia. O que hoje se vê é resultado de programas
de restauração, pois durante a Segunda Guerra soldados das tropas nazistas se
alojaram em Peterhof e causaram
graves prejuízos. Árvores centenárias foram derrubadas, houve destruição de
fontes e esculturas, o Grande Palácio foi incendiado.
Peterhof, Grande Canal estende-se até o Mar Báltico |
Em seu interior, destaque para a Sala do Trono e para o Salão Branco (marcas deixadas por Catarina II).
A
surpresa veio mesmo quando, sem nenhum comentário sobre o que veríamos, o guia
nos conduz à saída para os jardins do palácio. Uau! Deslumbre total. Não conseguíamos focar a
câmera em algum ponto para uma foto, não dava para escolher entre tantas coisas
interessantes: estátuas douradas, fontes jorrando, jardins multicoloridos.
Peterhof (Jardins de Pedro) |
São mais de 120 fontes, mas a maior e
mais bonita, a Grande Cascata,
prolonga-se por um longo canal até o Mar Báltico.
Há várias estátuas douradas, a principal delas mostra
Sansão escancarando a boca de um leão, quando a água jorra atinge 20 metros de altura. O sistema de funcionamento das fontes utiliza as nascentes naturais do local e bombeamento por pressão para os jatos. Os
jardins estão dispostos em dois níveis para que a água dos reservatórios e
aquedutos dos patamares superiores alimente as fontes dos jardins inferiores.
As fontes “brincam” com os visitantes,
algumas são programadas para ativar quando alguém se aproxima e molham inesperadamente
quem passa. Um recanto tem o formato de uma sombrinha protetora com um banco
convidativo, mas assim que alguém entra embaixo para sentar é surpreendido por
uma cortina d’água.
Observei crianças pulando sobre pedrinhas, tentando
adivinhar de qual delas viria a água.
Outra, tem o interessante formato de raios de sol e a estrutura inteira gira em torno de um eixo
para que a “face” solar mude constantemente de lugar.
Bosques, no imenso parque de Peterhof |
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Dicas/experiências:
Mais
sobre a Rússia, no Blog, em:
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Turismo:
Grande Cascata on line: http://peterhofmuseum.ru/open/ Pode-se dar uma espiada e observar as cascatas em tempo real.
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O acesso aos jardins inferiores tem horários diferenciados e é pago
separadamente da visita ao palácio. Melhor se informar previamente, pois há
turnos em que as fontes são desligadas
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To adorando essa viagem na tua mochila !!!!
ResponderExcluirAh! É mesmo uma satisfação, obrigada. Vou me esforçar cada vez mais para que a viagem de quem lê seja muito boa.
ResponderExcluirInacreditável. Se o poder foi representado pelo ostentação, não economizaram. Lindo demais.
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