Volta Pela Europa em 126 dias - Parte VI
(Catânia, Siracusa)
Naquela cidade portuária da Sicília oriental, às margens do mar Jônico e ao sopé do Etna, fizemos passeios pelo centro histórico com suas igrejas barrocas, palácios e prédios geralmente de cor cinza escurecida, obra da fuligem do vulcão. Na praça central, a “Fontana dell’Elefante”, símbolo do lugar e, segundo dizem, último remanescente do antigo costume de colocar elefantes de pedra nas portas da cidade para afugentar os invasores.
(Catânia, Siracusa)
Fui parar na Calábria por ser tagarela. Puxei assunto com uma turista no ônibus que transporta passageiros
gratuitamente entre o terminal rodoviário e o centro histórico de Siracusa, na
Sicília. Elke e eu decidimos conhecer a cidade juntas. Fundada em torno de 734 a . C. por ordem do
oráculo de Delfos, Siracusa foi conquistada ao final do “Grande Cerco”, no qual foi morto o matemático Arquimedes. A cidade mantém ainda suas
ruínas greco-romanas.
Pela manhã, circulamos pelo mercado
público e pelas barraquinhas da feira antes de encontrarmos um restaurante com "ar local" para
almoçar, onde os freqüentadores pareciam habituais e não apenas
turistas como nós. Descobrimos que ambas estávamos sediadas na vizinha Catânia
e para lá retornamos no final do dia.
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Duomo da Catania, fachada principal,
exemplo do barroco siciliano |
Naquela cidade portuária da Sicília oriental, às margens do mar Jônico e ao sopé do Etna, fizemos passeios pelo centro histórico com suas igrejas barrocas, palácios e prédios geralmente de cor cinza escurecida, obra da fuligem do vulcão. Na praça central, a “Fontana dell’Elefante”, símbolo do lugar e, segundo dizem, último remanescente do antigo costume de colocar elefantes de pedra nas portas da cidade para afugentar os invasores.
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Pretendia no dia seguinte fazer um
passeio solitário ao Etna e depois partir para Taormina. Mas, Elke, que mora no sudoeste da Alemanha, na Floresta Negra, estava indo para Tropea
visitar uma filha e batizar a neta e convidou-me a conhecer aquela cidade da
qual eu jamais ouvira falar. Deixei para trás Etna e Taormina, o que, provavelmente,
me levará um dia de volta ao sul da Itália e segui com ela de trem para a Calábria.
Adoro
os mares e suas histórias: a travessia entre a Sicília e a Calábria é feita no
Estreito de Messina, que une os mares Tirreno, Jônico e Mediterrâneo. Durante o
trajeto, algo inusitado: o trem literalmente “embarca” num navio com toda a sua
carga e passageiros. Uma vez estando do outro lado, coloca-se sobre os trilhos
de novo e segue a viagem. Chegamos à Calábria.
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