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Filadélfia - Parte II


Arte Mural, inusitada galeria ao ar livre                                                                                                                                                                                                                                                                                                 Fotos by: Ira

           Uma das coisas que primeiro me chamaram a atenção na Filadélfia, assim que abri a janela do quarto, foi um imenso painel colorido ocupando uma parede externa do prédio ao lado.
          Mais de perto, fui surpreendida pela beleza de uma pintura diferente de qualquer coisa que eu tivesse visto antes como arte decorativa num estacionamento. 
























          Descobri que existe um Programa, o Mural Arts, iniciado em 1984, que incentiva artistas locais a mostrarem seu talento em vários pontos da cidade, especialmente aqueles que acabariam por atrair grafiteiros e pichadores de gosto duvidoso.  
          O projeto se espalhou e já produziu milhares de telas integradas aos diversos recantos e bairros, numa curiosa e instigante exposição ao ar livre. A arquitetura da cidade serve de moldura. Muros, paredes e fachadas fazem as vezes de telas gigantescas que desafiam a criatividade dos artistas.





          Pela internet, fiz uma lista das obras espalhadas pelas redondezas, e dediquei algumas horas à divertida tarefa de localizá-las andando a esmo pelas ruas. 











          Para os visitantes interessados, existem passeios a pé, de bicicleta ou de trem especialmente dedicados a esses murais.
          A melhor descrição que tenho deles são algumas fotos que, lamento, não fazem jus às sensações provocadas pelos originais.



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Site do Projeto: aqui
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Filadélfia

Cidade do amor fraternal – Parte I                                               fotos by: Ira



Uma das cidades mais encantadoras para se conhecer é a Filadélfia, no estado norte-americano da Pensilvânia. Ela tem um visual impactante, é linda, animada, cheia de vida, transpira cultura e é receptiva ao visitante, fazendo jus ao seu nome (Filadélfia significa amor fraternal).
 Chamada também de “Nova Atenas, recebeu o apelido carinhoso de “Philly” e é considerada o berço da nação, por ter sido palco para a Declaração da Independência e para a primeira constituição do país.

Arranha-céus em estilos ousados refletem a arquitetura antiga dos prédios históricos, numa composição de cena bem original. A cidade foi cenário para filmes conhecidos, além do homônimo “Philadelphia” (lembro bem das imensas fachadas de vidro espelhado): “Twelve Monkeys”, “A Testemunha” e “Rocky Balboa”, entre outros.

Referência norte-americana quando o assunto é patriotismo, a primeira capital ainda reverencia seus símbolos históricos mais preciosos como o Sino da Liberdade (Liberty Bell) e o Independence Hall, onde foi assinada a declaração de independência. Este é um excelente ponto de partida para o visitante, pois o Independence Visitor Center (Centro de Informações Turísticas) fica em frente, do outro lado da rua e oferece mapas, folhetos, informações e roteiros para passeios nas cidades próximas.
Um dos pontos que mais atraem o turista é o Reading Terminal Market (mercado local), com suas lojas de souvenirs, produtos diversos e confeitarias, proporcionando um passeio agradável e ricas experiências gastronômicas. Os Amish, comunidade religiosa extremamente conservadora que vive em áreas rurais da região, vendem ali seus produtos e chamam a atenção pelos costumes e vestuário diferente, ao estilo do Século XVIII.

É possível conhecer a pé as principais atrações da Filadélfia, mas a cidade também oferece um ônibus para turistas, o Phlash (com logotipo roxo) que faz um circuito com 20 pontos de parada ao custo de USD 5 para um dia inteiro (grátis para crianças e pessoas com mais de 64 anos de idade).

                          Foto by: divulgação


Sugestão divertida é fazer um tour num ônibus anfíbio que, além de passar por vários pontos turísticos, ainda reserva um trajeto pelo rio Delaware, com direito a respingos de água, risadas e fotos vendidas ao final do passeio. 



A cidade transpira agitada vida cultural, com suas diversas faculdades de Artes. As noites têm sempre muitas pessoas pelas ruas e nas calçadas, grupos de jovens nas esquinas, bares e restaurantes lotados.

Testemunhei, ocasionalmente, muitos abraços e fiquei impressionada com isso. Diria que é a cidade em que mais vi pessoas se abraçando numa demonstração genuína de felicidade por encontrar outro ser humano, em gestos de saudações, encontros ou despedidas.


Talvez a diversidade étnica contribua para esse astral aconchegante que a cidade oferece. Há pubs irlandeses, mercados italianos, o bairro chinatown, a comunidade Amish, entre outros segmentos representativos da pluralidade social. Ou, talvez, o nome da cidade é que seja deveras inspirador.


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Dicas/experiências:
Turismo:
Passeios de barco:  aqui -
Como chegar: para quem não estiver viajando de carro, é fácil ir de trem (Penn Station) ou ônibus (Port Authority) a partir de N. York.


Alojamento: fiquei no Independence (aqui), próximo a tudo o que eu queria ver. Gostei, especialmente, da ideia da free happy hour: o hotel oferece vinhos & queijos à tardinha, facilitando a interação, conhecer novas pessoas e até a formação de grupos para explorar as casas noturnas das redondezas.


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