Volta pela Europa em 126 dias - Parte I
Foto by Liu Hogjie
Foto by Liu Hogjie
Viajar foi sempre um sonho desde criança. Vivi viajando, mas
Encontrar outras mulheres viajando sozinhas me deu
muita tranquilidade, vi que isso é comum na Europa. Mochileira amadora, não
tive maiores problemas, fui aprendendo a contornar, tomar decisões, aproveitar
o momento apesar deles. Tentei encarar como lições os pequenos transtornos e
mudanças de percurso.
Trouxe tudo o que pude. Na lembrança. Mais do que
conhecer tantos lugares me valeu a experiência de neles ter estado sem outra
companhia constante que a mim mesma. Feri meus pés nas pedras, entrei em catedrais
e castelos. Passei por vilarejos, velhos portos, belas praias, ilhas, ruínas. Levei tombos. Atravessei mares, cruzei rios, embriaguei-me de azul, sol e paisagens.
Custei a engrenar no voo solo. Comecei por Londres,
Paris e Roma, cidades já conhecidas e onde encontrei amigos brasileiros. Quando
fui deixada sozinha, numa cidade estranha, na casa de pessoas às quais recém
tinha sido apresentada, deu pane. Vontade de voltar correndo para a minha casa.
Mas não me permiti o direito de fazer isso comigo mesma: desistir sem ter tentado.
Ajustei meu GPS interior e fui obedecendo às coordenadas.
Primeiro mês – Reino Unido e um toque de Paris
O itinerário teve base em Londres, onde fui visitar minha filha que ali
estudava. Aliás, ela foi mentora indireta dessa idéia quando largou um emprego
estável, colocou uma mochila nas costas e viajou durante quase cinco meses pela
América Latina. Meu sonho já esmaecido de viajar pelo mundo começou a ficar
colorido de novo. Tomei a decisão, fiz ajustes no orçamento e o sonho foi se redesenhando
sobre contornos de realidade.
Logo no meu segundo dia no Reino Unido conhecemos Canterbury, cidadezinha interessante, com ares medievais, onde
fizemos muitas fotos. Nos dias seguintes, passeios por bairros como Portobello
Road e Nothinghill, mais visita
ao V&A Museum (site), grande mostra de artes decorativas e design, com uma coleção permanente
superior a 4,5 milhões de objetos.
Fotos by Isadora Pamplona
Fotos by Isadora Pamplona
Portobello Road |
Segui de ônibus para Paris onde amigos de Floripa generosamente cederam seu apartamento enquanto viajavam por uns dias. Sempre achei que só os muito ricos tivessem um apartamento disponível em Paris, mas quem tem amigos tem tudo. Obrigada Vera e Pedro. A Rue du Champ de l’Alouette, próxima à estação Glacière, passou a fazer parte do meu mapa particular das boas lembranças.
Pedro e eu fomos a Orly esperar minha melhor amiga, Lais, que vinha de Porto Alegre. Também
chegaram de Londres minha filha e uma amiga. Em Paris é sempre domingo (pelo
menos para turistas), dia perfeito para passeios ao Jardin du Luxenbourg, Parc
Montsouris, Quartier Latin, Cemitiéres Père Lachaise, Montparnasse eTulheries.
Almoço (a € 10,00), no Tire Bouchon |
Era primavera e um bom programa nesta época é visitar
o museu de Monet, em Giverny.
De trem, saindo da Gare
St. Lazare, chega-se a Vernon, a
cerca de 50 minutos de Paris. Dali, pega-se um
ônibus até a casa do mestre do Impressionismo e, em seus jardins,
pode-se admirar representações vivas de muitas de suas obras.
Casa e Jardins de Monet, Giverny |
Foto by: Lais Legg
No retorno a Londres, chegamos muito cedo, ainda estava escuro e os metrôs nem tinham começado a funcionar. Pegamos um ônibus. Quando descemos, em Nottinghill, não encontrávamos o endereço do b & b e saímos correndo arrastando as malas, pois achávamos que um cara que desceu no mesmo ponto iria nos assaltar. Caminhamos em direção a uma padaria numa esquina próxima, único lugar aberto, pois o fornecedor entregava os pães. Paulo - para nossa sorte um cordial padeiro português - nos ajudou procurando o endereço no GPS, levou-nos de carona e ainda nos deu dois pãezinhos.
Muitos passeios: Buckingan
Palace, London Bridge, Abbey Road, mais fotos em frente a casa
do Paul McCartney e visita ao museu
que funciona na casa onde morou Freud.
As comemorações pelo meu aniver, no dia dos meus 60 anos, começaram com uma
visita ao Museu de Cera Madame Tussaud, seguido de um giro no Big Eye para ver Londres do alto. À noite, ópera em Covent
Garden (The Tsar’s
Bride) e jantar no restaurante do James
Oliver.
Na manhã seguinte, acordamos cedo e começamos - por Cambridge - nosso giro no Reino Unido. Fotos by Isadora Pamplona
London Eye |
Como diz Lais: já estivemos a poucos passos de 50% dos Beatles (Paul e Ringo), eternizados no Museu Madame Tussaud - e, em carne, osso, voz e guitarras -, no Beira Rio e no Gigantinho, em Porto Alegre.
Madeleine says this is fantastic! Showing her respect to this brave, grace and beautiful lady~ Ira!!! I miss you.
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