Diferentes religiões marcam o mesmo espaço fotos by: Ira
A cada nova cidade, pensando já ter
visto o suficiente de igrejas e catedrais, juro que não vou mais entrar em uma.
Entretanto, continuo me surpreendendo com as mil facetas que os antigos arquitetos
encontravam para dar o seu recado quando o assunto era religiosidade.
Em Córdoba não foi diferente. Ali, inclusive, a palavra une-se ao nome da cidade feito siameses: Catedral de Córdoba. Para quem chega, o destino certo será unir-se às centenas de turistas e adentrar neste templo que tudo supera em grandiosidade.
Em Córdoba não foi diferente. Ali, inclusive, a palavra une-se ao nome da cidade feito siameses: Catedral de Córdoba. Para quem chega, o destino certo será unir-se às centenas de turistas e adentrar neste templo que tudo supera em grandiosidade.
Compartilhamento de espaço e fé. Com a chegada dos muçulmanos, a antiga basílica visigoda de inspiração cristã cedeu lugar no recinto durante algum tempo para o culto da nova seita. O emir Abderrahman I mandou construir o templo no ano de 785.
O desenho estrutural dessa antiga mesquita buscou inspiração nos modelos de Damasco e Jerusalém. Diferente das demais, sua orientação não é para Meca, mas para Damasco.
Depois da conquista de Córdoba, em 1236, foram executadas ampliações e adaptações para o culto católico. A mesquita foi convertida em catedral. O estilo arquitetônico final transita do gótico ao renascimento e barroco.
O resultado, que surpreende e
encanta, é uma mescla de espaço gigantesco entrecortado por arcadas, colunas, cúpulas
e abóbodas em tons que oscilam entre o bronze, o dourado, o cobre, a prata. Tudo
convida ao silêncio, que, por sua vez, parece reverberar nas sinuosidades que
roçam as obras de arte e tropeçam nos cochichos extasiados dos visitantes.
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