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Aveiro

A Veneza Portuguesa                                                                   fotos by: Ira


Conhecida como a Veneza Portuguesa, por situar-se numa área lagunar, pelos canais que atravessam o centro da cidade e pelos seus barcos característicos (moliceiros), que se parecem com as gôndolas, Aveiro tem seus encantos próprios: o mercado do Peixe, as típicas casas portuguesas, prédios no estilo Art Nouveau, o mar, praias, praças e monumentos. 
Sua gastronomia é variada e tem por símbolo os doces de ovos moles.

Para quem chega de trem (a cidade fica a cerca de 50 km de Coimbra), o primeiro espetáculo visual é oferecido pela antiga Estação Ferroviária, que fica ao lado do novo prédio. 

A fachada decorada com grandes painéis em azulejos que mostram temas regionais insere-se na tipologia conhecida como “casa portuguesa”.
         

Seguindo pela avenida principal, chega-se à praça central e, a partir dali, pode-se percorrer quase tudo a pé. As ruelas em torno do canal são pródigas em feirinhas de antiguidades, casas de doces e chás, bares e restaurantes. Prédios modernos convivem com antigas casas de pescadores e armazéns de sal.


          Mas, são os passeios de barco pelos canais da ria de Aveiro que atraem e encantam os turistas. A ria é a denominação de um acidente geográfico que resulta do encontro entre as águas do rio Vouga e o recuo do mar, formando uma espécie de estuário que se estende por vários quilômetros pela costa.

Usados antigamente para a coleta de algas marinhas, os moliceiros servem hoje para passeios ao longo dos canais que atravessam a cidade e arredores. As pequenas embarcações lembram as gôndolas de Veneza, mas delas se diferenciam por serem bem coloridas, enquanto as venezianas ostentam predominantemente a cor preta.
Estátuas nas laterais da ponte
lembram os trabalhadores das salinas da Aveiro antiga


A ponte mais famosa parece ser a Carcavelos, que já serviu de importante ponto de passagem para os antigos salineiros na época. Atualmente, começou a receber a preferência dos casais de namorados que vão ao local para apreciar o pôr-do-sol, por isso passou a ser também conhecida como Ponte dos Namorados.
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Coimbra


Histórias, amores, cultura, tradição                                            fotos by: Ira 
“Coimbra do choupal (*)
Ainda és capital
Do amor em Portugal

Coimbra, celebrada em prosa, versos e canções, faz jus à fama. Além de ter sido capital do Condado Portucalense, por decisão do primeiro rei, D. Afonso Henriques, mantendo essa condição até 1255, ela faz parte da História e da cultura portuguesa. Sua universidade, criada em 1290 pelo rei D. Dinis, foi a primeira do país e é uma das mais antigas da Europa. Seu fado tem estilo próprio, diferenciado daquele de Lisboa.

Para mim, suas casas e suas ladeiras com chão de pedra lembram um pouco as cidades históricas mineiras. Embora em Ouro Preto e Sabará, por exemplo, os prédios  se espalham pelas ladeiras e pelas paisagens no entorno. 

Coimbra é decorada com resquícios de arcos medievais, pátios, pontes, ruínas de séculos precedentes, incluindo um aqueduto.
 Quando se está do outro lado do rio e se observa a cidade, o que se vê é um amontoado de edificações em torno do cinto murado medieval, com destaque para a antiga praça forte, onde se situa a universidade.
“Coimbra é uma lição
De sonho e tradição
O lente é uma canção
E a lua a faculdade”







Para lá convergem grande número das ruas estreitas, ladeiras íngremes, escadarias. De lá, descem os caminhos por onde os estudantes se espalham pelos bares e bairros da cidade. Muitos, portam orgulhosos seus trajes sob as capas pretas, símbolo dos acadêmicos que estão concluindo os estudos naquele semestre. 






Entre os tesouros a serem visitados no complexo universitário, estão a Biblioteca Joanina e a  Capela de São Miguel. A velha torre com seu relógio – por onde se pode subir e ter uma visão panorâmica de Coimbra -  é o símbolo da cidade. 
A insígnia da Universidade de Coimbra representa a Sapiência, ou Minerva, deusa latina da Sabedoria.




Jardim Botânico







Também ligado à Universidade, o Jardim Botânico, criado em 1772, por iniciativa do Marquês do Pombal, é outra das suas atrações.  













Jardins da Quinta das Lágrimas



Na direção ao outro lado do rio, aonde se chega por várias pontes, estão os Jardins da Quinta das Lágrimas, com a famosa “Fonte das Lágrimas”, que teria sido formada com o pranto derramado quando Inês foi executada.
“Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês tão linda”

A cidade teria sido palco do trágico romance proibido entre um rei e uma dama da corte, a bela Inês de Castro, lenda eternizada nos versos de Camões em “Os Lusíadas”. Entre os visitantes nobres que estiveram na Quinta, está D. Pedro II, Imperador do Brasil.

Santa Clara-a-Velha

É naquele lado do rio que se encontra também a dupla de atrações ligadas a Santa Clara de Assis e à rainha Isabel de Aragão: o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (estilo gótico) reconstruído a partir de 1316, sobre edificação anterior datada de 1283 e o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova (estilo barroco, dos séculos XVII e XVIII), que abriga o túmulo e os restos mortais da rainha santa Isabel. 
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Coimbra cantada pela rainha do fado, Amália Rodrigues.

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(*) - As árvores do choupal (plátanos, faias, loureiros e eucaliptos) foram plantadas no século XIX nas margens do rio Mondengo, para conter as cheias.