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Lago Maggiore (Isole Borromee)


Região dos Lagos (um pouco Itália, um pouco Suíça) 
          
          A exemplo do Brasil, a Itália tem uma geografia privilegiada e esta mostra-se em diferentes paisagens ao turista disposto a aventurar-se para além de Roma, Veneza e Toscana. 
          A Região dos Lagos, ao Norte, tem surpresas peculiares e eu quase não tinha ouvido falar dela. O Lago Maggiore (nome enganador, pois é apenas o segundo maior) situa-se na região alpina,  entre a Itália e a Suíça e é um dos pontos mais visitados pelos turistas europeus, juntamente com o Riva del Garda (este sim, o maior da Itália) e o Lago Como. 
          Cheguei a Milão ainda sob os efeitos da minha anterior experiência de passeio lacustre (um dia pelo Riva del Garda) e com a idéia alinhavada de conhecer o Lago Maggiore, o Golfo Borromeo e o arquipélago das Ilhas Borroméas (Madre, Bella e dei Pescatori). Reservei um dia e fui, de trem, até Stresa. Aliás, bela surpresa descer na estação local, numa manhã ensolarada e caminhar pelas ruas ainda desertas da cidadezinha semi-adormecida, por si mesma uma atração à parte.
              Stresa apresenta uma arquitetura diferente, mistura de estilo clássico com pitadas de elegância de épocas indefinidas. Sem pressa, me detive admirando as villas, mansões que preservam a aura de nobreza de uma época suntuosa não tão distante. Imensos e coloridos chalés, os hotéis chiquérrimos enfileirados ostentando seus letreiros de nomes chics que, pelo visto, continuam atraindo hóspedes endinheirados.
                            Foto by: Ira
Uma longa avenida com belos canteiros floridos contorna o lago. Há vários pontos de onde partem as embarcações e se acerta ali mesmo o preço de acordo com a preferência. Os pacotes oferecem desde visita a apenas uma das ilhas, combinações opcionais de duas ou três paradas, até cruzeiros pelo lago incluindo descida em alguma das ilhas. Para o retorno, os barcos das diversas companhias passam pelas ilhas em horários regulares. Parti feliz para o pequeno arquipélago circundado pelas montanhas. 
E quem é que não gostaria de fazer um passeio pelo lago com paradas pelas ilhas,  sendo uma delas inteiramente ocupada por um castelo?                                                        
                                                                   foto by:                                                                                                                                      
Isola Bella

          Fiquei impressionada com a beleza ímpar de Isola Bella. A única construção que ocupa todo o território é um palácio barroco com um jardim de impressionantes belezas que se esparramam por dez terraços. Este é considerado o mais belo jardim barroco europeu. O palácio foi construído sobre uma rocha, como residência de verão do conde Borromeo, em 1630. Vale pagar pela visita ao seu interior, onde quase tudo o que se vê (salas, mobiliário e pinturas) é original do período.
                  Foto by: Ira
      Pátio interno Palácio Borromeo
           
          
Para quem, como eu, adora barroco, o Palácio Borromeo e seu magnífico jardim por onde desfilam pavões brancos em completa liberdade, suas flores exóticas, suas estátuas, foi uma visão fantástica. 
 Almocei na ilha dos Pescadores, hoje um belo vilarejo medieval cheio de restaurantes e repleto de turistas. Até cerca de 50 anos atrás, era apenas uma vila de pescadores, cujos habitantes continuam residindo ali. As ruas estreitas passam pelos fundos das cozinhas, levam às moradas dos pescadores e à beira do lago (onde são pescados os peixes típicos que integram o cardápio). 
               Nem percebi o tempo passar. No final da tarde peguei um dos últimos barcos, passei sem descer pela ilha Madre e retornei a Milão com a sensação boa de ter me proporcionado um passeio inesquecível. 
                                                                               (Fotos by: Ira)                                     
Sala dos Espelhos, Palácio Borromeo
Jardins, Palácio Borromeo
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