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Países Baixos - Marken e Volendan (Nederland)


Moinhos de Vento, diques, tamancos, queijos (não vi as tulipas)
                                                                              fotos by: Ira

Reservei um dos dias em que estava em Amsterdam para um tour às vizinhas Marken (ou Edam) e Volendan, típicos vilarejos antigos de pescadores que um amigo havia sugerido que eu visitasse. Ficam ao norte, na zona rural e dizem que ali se vê a verdadeira Holanda, não na capital. 

Neederland







Saímos cedinho pela manhã e fui me deixando envolver por aquela agradável atmosfera de planícies, canais, pastagens, vacas, ovelhas. Ao longe os primeiros moinhos de verdade... O trajeto levou cerca de 50 minutos. Pena ser inverno, quando chegamos fazia muito frio e estava tudo quase deserto. Nada de tulipas desta vez, elas são cultivadas inclusive no inverno, mas em outras localidades.

Acho que fomos os primeiros a chegar em Marken naquele dia, porque pareciam estar todos dormindo. Passávamos caminhando por longas fileiras de pequenas casas iguais, pintadas de verde, cortinas na janela e jardins extremamente bem cuidados, pareciam de brinquedo. Ouvíamos apenas o som dos nossos próprios passos. Alguns pátios eram contíguos, entrávamos por um portão, atravessávamos um corredor que levava até a próxima casa, parecia que estávamos invadindo território alheio.

Ficamos alguns minutos do lado de fora, no frio, esperando que abrissem o local, pois o guia programou nos levar a uma fábrica de tamancos. Vestida com os coloridos trajes tradicionais, uma garota fez uma demonstração do processo quase artesanal de produzir um daqueles calçados de madeira que as pessoas do lugar usavam antigamente. Elas colocavam pinos de ferro na sola para poderem andar sobre o gelo e atravessar os canais congelados no inverno.
A aldeia de Marken já foi uma ilha, separada do continente no século XIII depois de uma tempestade, e durante centenas de anos de isolamento seus habitantes viviam da pesca. Por causa das constantes inundações, as casas foram construídas sobre palafitas e em montes de terra. No final dos anos 1950 foi construído um dique, ligando novamente aquele pedaço de terra ao continente e formando uma espécie de península. O turismo é, hoje, uma importante fonte de renda para os moradores locais.



Seguimos para Volendam, outra antiga vila de pescadores só que um pouquinho maior com pouco mais de 20 mil habitantes. No caminho, breve parada numa fábrica de queijo, com demonstração do preparo artesanal das variedades do produto e direito a degustação. A aldeia é formada por poucas ruas e pequenas casas ao redor de um pitoresco porto de pesca. Algumas casinhas pertencem ao século XVII.
Moradores usam vestimentas tradicionais, as mulheres com aqueles chapéus de grandes bicos nas abas, e os turistas também podem vestir trajes típicos para tirar fotos. Há uma profusão de lojinhas de souvenirs, cafés e restaurantes que servem comida tradicional holandesa. Os dois vilarejos são considerados os mais típicos da Holanda, atmosfera que já atraiu ao lugar vários artistas, entre o final do século XIX e início do século XX, entre os quais os pintores Renoir e Picasso, que ali passaram temporadas.

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