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Paris

Paris é sempre uma festa!

Parodiando Hemingway, eu acho que a cidade exala, sim, um ar de festa como se os dias fossem sempre domingo. E oferece uma variedade incrível de atrações, entre outras: monumentos (Tour Eiffel, Arco do Triunfo, La Défense), igrejas (Notre-Dame, Sacré-Coeur, Sainte-Chapelle), museus (Louvre, d’Orsay, Rodin), palácios, praças, parques e jardins. À noite, os visitantes podem se deixar seduzir pelos chamarizes da ópera, do teatro, dos shows e dos famosos cabarés.
É possível conhecer seus atrativos em caminhadas e prolongadas pausas à mesa de um café, ou num bistrô, sentando-se de preferência do lado de fora, nas cadeiras voltadas para a rua. Assim, se pratica o esporte típico local: fazer nada, aspirar o ar, olhar quem passa, jogar conversa fora, ler um jornal. Ser visto nesses locais também conta. Melhor tirar uma foto. Se estiver muito calor, dá para espichar-se sob o sol às margens do Sena como fazem os parisienses.
Fotos by: Isadora Pamplona
Parc Montsouris e Jardin du Luxembourg são lugares perfeitos para espairecer. Tem ainda a Praça Vendôme (endereço de bancos e joalherias para a camada exclusiva que tem muito dinheiro) e a praça dos artistas em Montmartre. Para flanar, há os bulevares St. Michel e St.Germain com seus restaurantes e cafés. Há locais com charme próprio como o Le Procope, intitulado o café mais antigo do mundo, ou o Deux Magots, que ganhou fama,  desde a década de 1950, por seus freqüentadores artistas e intelectuais.

No item museus, o Louvre vem reunindo seus tesouros há mais de 400 anos: arte grega, romana, esculturas (Vênus de Milo, Vitória da Samotrácia), pinturas (Leonardo da Vinci e sua Mona Lisa) e múmias, entre outros. No Museu d`Orsay, pode-se apreciar a coleção de obras dos Impressionistas, mais objetos de Art Noveau. É de não perder a oportunidade de conferir, no Museu Nacional da Idade Média, peças de arte medieval, como a série de tapeçarias do século XV, além de seus jardins inspirados na época.
Museu do Louvre -
      Vitória da Samotrácia


Museu D'Orsay -
      Bailarina, de Degas












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Quando o assunto é gastronomia, e se está num país que é referência em culinária, há muito para experimentar. Num passeio pela rua Saint Louis, na ilha de mesmo nome, vale uma janta no Nos Ancêtres Les Gaulois, endereço certo para grandes apetites. Como entrada, sortimento de saladas e um bufê de charcuterie estão à disposição do cliente, que pode servir-se à vontade, inclusive do vinho da casa (em um barril). Depois, carnes grelhadas, tábua de queijo, frutas e sobremesa. 
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Aprouve aos deuses que, durante a viagem que me proporcionei pelos meus 60 anos, eu pudesse incluir duas estadas na capital francesa por obra e graça de um casal de amigos: uma no início e outra no final do meu roteiro. Foram 22 dias de imersão, quase uma overdose de Paris. Vera e Pedro, obrigada pelo privilégio da amizade e pelo gesto magnânimo! A vocês, toda a minha gratidão será sempre pouca.
                                                                           Foto by: Pedro Gouvea
                                        Verinha, amiga de todas as horas
                                       Foto tirada da varanda do apê do casal,
                              na Rue du Champ de L'Alouette
Confortavelmente instalada no recanto dos meus amigos e na ausência deles, dediquei-me a palmilhar ruas e quarteirões até quase a exaustão, admirando cada detalhe, olhando ao redor com olhos de criança que vê tudo pela primeira vez. Retornava à tardinha, exausta e feliz, passava na boulangerie e comprava uma baguete.
      Fiz o tão sonhado passeio pelo Sena ao meu modo. Sentei num dos lados do barco, nem precisei descer em nenhum dos pontos sugeridos, pois tinha todo o tempo do mundo. Paris era só minha. Retornei ao ponto de partida, troquei de lado e admirei tudo de novo sob diferente ângulo de observação.
            Simplesmente deixar-se andar pelas ruas da cidade oferece uma rica experiência cultural. A par da arquitetura e dos prédios com suas referências históricas, encontra-se em vários pontos sinalização característica explicando “aqui morou” tal e tal artista, ou cientista, “este bairro formou-se a partir desta rua”, etc... 

     Descobri passeios a pé, gratuitos e com guias locais (eles aceitam gorjeta, aliás vivem disso, mas deixam a gente bem à vontade sobre o valor e sai bem mais em conta do que um city tour). Os encontros são marcados em determinados pontos todos os dias, faça sol ou chuva. Fiz com eles dois itinerários:

1) Notre-Dame - com detalhes sobre a história e arquitetura do prédio, referências religiosas e significado das imagens nos pórticos. É mencionada a importância de Victor Hugo para a recuperação da catedral (que passou por um período de completo abandono) ao escrever a história de Quasímodo e Esmeralda no romance Nossa Senhora de Paris (entre nós conhecido como O Corcunda de Notre-Dame). Fizemos um breve circuito guiado pelo entorno e chegamos até a casa onde supostamente viveram Abelardo e Heloísa.
                                          De colete rosa, a guia Ágathe
2) Quartier Latin – o grupo é conduzido por entre as ruas do bairro, com paradas explicativas nos marcos importantes, como as famosas faculdades. Tem pausas para fotos e dicas com um toque de “informação confidencial”, pois, como moradores, obviamente eles conhecem bem a cidade. Numa esquina, perto de onde teria morado Edmond Rostand, é improvisada - com a participação dos integrantes do grupo - uma encenação rápida do Cyrano du Bergerac. Bom para descontrair e dar algumas risadas.
                                             De colete rosa, a guia Virginie
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O Marco Zero fica bem em frente à catedral, cenário de O Corcunda de Notre Dame. Quando estávamos por ali, há alguns anos, vimos um policial, a cavalo, perseguir e prender uma cigana arrastando-a, numa situação um tanto constrangedora para o público aglomerado em volta. Supostamente ela teria roubado algo. Achamos esquisito mas, só bem mais tarde ocorreu que talvez tudo fosse uma encenação para turistas. Muita semelhança com a história da Esmeralda. Será?



                                                                                                             Foto by: Isadora Pamplona        

       
Do alto da catedral, uma bela vista panorâmica. Aliás, minha filha inventou um tour temático (Paris vista do alto) e subimos (óbvio) na Torre Eiffel, no Arco do Triunfo,  Galerias Lafayette, La Defense, Sacre Coeur e Tour Montparnasse.

          Ah, tem ainda o endereço predileto das turistas, as Galerias Lafayette,  cultuado templo de compras que tem a cara de Paris. É uma loja de departamentos na medida para quem não dispõe de muito tempo para as compras, pois oferece tudo num só quarteirão nas vizinhanças do teatro Opera Garnier. Do último andar do prédio principal (cúpula), tem-se uma ótima vista de Paris (vê-se do alto o teatro Opera e, ao lado oposto, Montmartre e a igreja de Sacre-Coeur).
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Dicas/experiências:
Turismo:
Informações, site oficial:
Passeios a pé, free, com guias locais. Saídas diárias (chova ou faça sol): 
Passeios de barco pelo Sena: aqui

Compras:
Mercado de pulgas: aqui

Gastronomia:
Le Procope - aqui
Nos ancetres - aqui
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